terça-feira, 22 de julho de 2008

Transporte coletivo - O Retorno

Eu disse que eram duas partes, mas lembrei de um episódio que merece ser contado. Num dia de chuva, eu estava num ônibus que quase não andava por conta do engarrafamento. Aliás, engarrafamentos aqui são muito frequentes. Devagar quase parando o ônibus aproximou-se de uma parada onde havia um senhora de idade aguardando o veículo. O problema é que o motorista acabou parando longe da calçada, o que levaria a senhora ou a descer do meio fio que era alto ou dar um passo grande. Quando o motorista abriu a porta a senhora deu-lhe uma baita ralhada. "Está muito longe!" disse ela. Achei que o motorista ia bufar, mas não, tal qual uma criança depois de um xingão, meio cabisbaixo, manobrou o veículo aproximando-o da calçada e parando exatamente na frente da senhora. Ela agradeceu e entrou.

Depois dessa história e das duas postagens anteriores os questionamentos são inevitáveis:
- Quando é que vamos ver esse tipo de respeito ao idoso/passageiros de modo geral, nos transportes coletivos do nosso Brasil varonil?
- E informações aos passageiros suficientes e eficientes (mapas, horários, identificação de paradas)?
- E ............... (complete o pontilhado com o seu questionamento)

Ver uma outra realidade faz com que tu veja a tua sobre uma nova ótica. Muitas das coisas daqui NUNCA dariam certo na nossa cultura, mas que dava para chegar bem perto... ahhh isso dava!

Um comentário:

Kzk disse...

Ônibus aqui nunca funcionaria sem a roleta, mas ter o respeito não seria ruim.

Quanto às informações, tem um caso patológico: na parada ANTERIOR à parada da PUC na Ipiranga, sentido centro-bairro, tem uma placa super informativa sobre quais as linhas transversais e onde elas se cruzam... justamente na parada onde quase ninguém desce.